Enem 2019 – foto que circula em redes sociais — Foto: Reprodução
A foto de uma página do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 que circulou nas redes sociais nesta tarde de domingo (3) é real, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O ministro da Educação, Abraham Weitraub, disse que o fato não interfere no exame e que o suspeito de divulgar a imagem fazia a prova em Pernambuco. A Polícia Federal investiga o ocorrido.
O MEC não deu detalhes, mas em grupos de WhatsApp circulou uma imagem da página dedicada à redação. A foto foi compartilhada quando os candidatos já tinham começado a fazer o exame e deveriam manter seus celulares desligados e guardados dentro de um saco plástico lacrado.
“O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) informa que é real a imagem da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019 que circula nas redes sociais. É importante esclarecer que a divulgação, que ocorreu após o início da aplicação, não prejudicou o andamento do exame. Todos os participantes já tinham passado pelos procedimentos de segurança e estavam nos locais de prova.”
O ministro afirmou que “a foto da prova é verdadeira, porém, foi tirada e postada após o início do exame e da realização dos procedimentos de segurança. Tudo dentro da normalidade”.
“No Enem segue tudo funcionando perfeitamente bem a prova tem tudo para ser um grande sucesso. Saiu agora sobre uma foto de uma prova. A foto é verdadeira mas em nada compromete à realização do Enem.” – Abraham Weitraub.
De acordo com o ministro, todos os procedimentos de segurança já haviam sido realizados. “A prova já havia sido distribuída para todo mundo e alguém tirou uma foto e colocou nas redes. Isso não compromete em nada, tudo segue normal”, disse.
“Agora a Policia Federal vai identificar essa pessoa responsável e vai tomar as devidas providencias legais contra ela. Isso aparentemente aconteceu em Pernambuco e a gente já está chegando ao nome da pessoa.”
Após repercussão negativa, o Ministério da Educação vai revogar a portaria publicada nesta quarta-feira que determina o retorno das aulas das universidades federais a partir de janeiro.
A portaria pegou de surpresa as instituições federais, que estão com as aulas presenciais suspensas desde março devido à pandemia do novo coronavírus. A pasta foi criticada por não ter discutido a medida antes com as universidades e por tê-la tomado exatamente quando o país vive um nova alta de casos e internações, com aumento preocupante da ocupação de leitos na rede de saúde.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou à CNN Brasil que não esperava tanta resistência. “Quero abrir uma consulta pública para ouvir o mundo acadêmico. As escolas não estavam preparadas, faltava planejamento”, afirmou. O ministro disse também que o governo vai liberar o retorno somente quando as instituições estiverem confiantes.
O epidemiologista Pedro Hallal, reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), criticou a medida, classificando como “ato nulo”:
— As universidades públicas têm autonomia garantida pela Constituição. Com todo respeito, não cabe ao MEC decidir sobre isso. O objetivo da portaria foi jogar os alunos contra as universidades. Com as pausas decorrentes da chegada da pandemia, muitos deles ficaram ansiosos, com a formatura atrasada.
Os estudantes interessados em participar do programa Universidade para Todos têm até a próxima terça-feira (24) para efetivar a inscrição. Voltado para os alunos da rede pública de ensino matriculados no 3º ano do Ensino Médio, 4º ano da Educação Profissional integrada ao Ensino Médio e egressos no segmento de ensino, o edital dispõe de 12.105 vagas. A inscrição deve ser realizada no Portal da Educação, através do link.
No ato da inscrição, o candidato deverá fazer a opção para um único município, local de funcionamento e turno que deseja cursar. O candidato informará, obrigatoriamente, o número do seu Cadastro de Pessoa Física (CPF) e criará uma senha de seis a oito dígitos, o que dará origem a um nome de usuário para o acesso ao endereço de inscrição. Além de poder fazer alterações sobre a inscrição pelo sistema, o candidato também poderá tirar dúvidas sobre o processo pelo telefone 0800 285 8000, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 18h, ou pelo e-mail: upt@educacao.ba.gov.br.
A mesma importância teve a votação na Câmara, em que, pouco após tentativa frustrada do governo federal de desfigurar a proposta, se construiu um consenso sobre o que seria possível aprovar na Casa. Ficou clara a possibilidade de colocar as instituições democráticas que construímos a duras penas no Brasil para funcionar, desde que conversas relevantes e desarmadas aconteçam.
A narrativa de que, para a Educação, não faltam recursos e sim gestão pôde ser substituída pela evidência de que gastamos por aluno em Educação Básica menos da metade do que a média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pagamos muito menos que eles a nossos professores. Com isso, reduzem-se as chances de construirmos um ensino público de qualidade, mesmo que a gestão seja aprimorada.
Por essas razões, ganhou especial relevância a aprovação de um Fundeb permanente, por estar no corpo da Constituição, (e não mais em Disposições Provisórias) e mais redistributivo, logrando chegar onde ele é mais urgente, nos municípios com menos recursos.
Resta agora colocar a gestão da política educacional como prioridade da agenda, tanto na legislação infraconstitucional quanto na prática cotidiana em cada escola, para assegurar educação de qualidade para todas as crianças e jovens.